Carlos Drummond de Andrade
(...) Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo
no queixo de tua filha.
De teu áspero silêncio
um pouco ficou, um pouco
nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.
Ficou um pouco de tudo
no pires de porcelana,
dragão partido, flor branca,
ficou um pouco
de ruga na vossa testa,
retrato.
(...) E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória.
(Resíduo)

Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de
1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e
com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por
"insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de
escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do
incipiente movimento modernista mineiro.
Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na
cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar
da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no
serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de
gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar
no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde
1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969,
no Jornal do Brasil.
O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond,
Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a
descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a
individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e
fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se
detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do
transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza
os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se
com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.
Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua
cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do
mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo (1945),
Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência
coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a
explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A
surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do
poeta, mantida sempre.
Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano,
alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas
décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também
publicado diversos livros em prosa.
Em mão contrária traduziu os seguintes autores estrangeiros: Balzac (Les Paysans, 1845;
Os camponeses), Choderlos de Laclos (Les Liaisons dangereuses, 1782; As relações
perigosas), Marcel Proust (La Fugitive, 1925; A fugitiva), García Lorca (Doña Rosita, la
soltera o el lenguaje de las flores, 1935; Dona Rosita, a solteira), François Mauriac
(Thérèse Desqueyroux, 1927; Uma gota de veneno) e Molière (Les Fourberies de Scapin,
1677; Artimanhas de Scapino).
Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como
escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de
agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta
Drummond de Andrade.
Cronologia:
1902 - Nasce em Itabira do Mato Dentro,
Estado de Minas Gerais; nono filho de Carlos de Paula Andrade, fazendeiro, e D. Julieta
Augusta Drummond de Andrade.
1910 - Inicia o curso primário no Grupo Escolar Dr. Carvalho Brito, em Itabira (MG).
1916 - Aluno interno no Colégio Arnaldo, da Congregação do Verbo Divino, Belo
Horizonte. Conhece Gustavo Capanema e Afonso Arinos de Melo Franco. Por problemas de
saúde, interrompe seus estudos no segundo ano.
1917 - Toma aulas particulares com o professor Emílio Magalhães, em Itabira.
1918 - Aluno interno no Colégio Anchieta, da Companhia de Jesus, em Nova Friburgo; é
laureado em "certames literários". Seu irmão Altivo publica, no único
exemplar do jornalzinho Maio, seu poema em prosa "ONDA".
1919 - Expulso do Colégio Anchieta mesmo depois de ter sido obrigado a retratar-se.
Justificativa da expulsão: "insubordinação mental".
1920 - Muda-se com a família para Belo Horizonte.
1921 - Publica seus primeiros trabalhos na seção "Sociais" do Diário de
Minas. Conhece Milton Campos, Abgar Renault, Emílio Moura, Alberto Campos, Mário
Casassanta, João Alphonsus, Batista Santiago, Aníbal Machado, Pedro Nava, Gabriel
Passos, Heitor de Sousa e João Pinheiro Filho, todos freqüentadores do Café Estrela e
da Livraria Alves.
1922 - Ganha 50 mil réis de prêmio pelo conto "Joaquim do Telhado" no concurso
Novela Mineira. Publica trabalhos nas revistas Todos e Ilustração Brasileira.
1923 - Entra para a Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte.
1924 - Escreve carta a Manuel Bandeira, manifestando-lhe sua admiração. Conhece Blaise
Cendrars, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Mário de Andrade no Grande Hotel de Belo
Horizonte. Pouco tempo depois inicia a correspondência com Mário de Andrade, que durará
até poucos dias antes da morte de Mário.
1925 - Casa-se com a senhorita Dolores Dutra de Morais, a primeira ou segunda mulher a
trabalhar num emprego (como contadora numa fábrica de sapatos), em Belo
Horizonte. Funda, junto com Emílio Moura e Gregoriano Canedo, A Revista, órgão
modernista do qual saem 3 números. Conclui o curso de Farmácia mas não exerce a
profissão, alegando querer "preservar a saúde dos outros".
1926 - Leciona Geografia e Português no Ginásio Sul-Americano de Itabira. Volta
para Belo Horizonte, por iniciativa de Alberto Campos, para trabalhar como redator-chefe
do Diário de Minas. Heitor Villa Lobos, sem conhecê-lo, compõe uma seresta sobre o
poema "Cantiga de Viúvo".
1927 - Nasce, no dia 22 de março, mas vive apenas meia hora, seu filho Carlos Flávio.
1928 - Nasce, no dia 4 de março, sua filha Maria Julieta, quem se tornará sua grande
companheira ao longo da vida. Publica na Revista de Antropofagia de São Paulo, o
poema "No meio do caminho", que se torna um dos maiores escândalos literários
do Brasil. 39 anos depois publicará "Uma pedra no meio do caminho - Biografia de um
poema", coletânea de críticas e matérias resultantes do poema ao longo dos
anos. Torna-se auxiliar de redação da Revista do Ensino da Secretaria de
Educação.
1929 - Deixa o Diário de Minas para trabalhar no Minas Gerais, órgão oficial do Estado,
como auxiliar de redação e pouco depois, redator, sob a direção de Abílio Machado.
1930 - Publica seu primeiro livro, "Alguma Poesia", em edição de 500
exemplares paga pelo autor, sob o selo imaginário "Edições Pindorama", criado
por Eduardo Frieiro. Auxiliar de Gabinete do Secretário de Interior Cristiano
Machado; passa a oficial de gabinete quando seu amigo Gustavo Capanema substitui Cristiano
Machado.
1931 - Falece seu pai, Carlos de Paula Andrade, aos 70 anos.
1933 - Redator de A Tribuna. Acompanha Gustavo Capanema quando este é nomeado
Interventor Federal em Minas Gerais.
1934 - Volta a ser redator dos jornais Minas Gerais, Estado de Minas e Diário da Tarde,
simultaneamente. Publica "Brejo das Almas" em edição de 200 exemplares,
pela cooperativa Os Amigos do Livro. Muda-se, com D. Dolores e Maria Julieta, para o
Rio de Janeiro, onde passa a trabalhar como chefe de gabinete de Gustavo Capanema, novo
Ministro de Educação e Saúde Pública.
1935 - Responde pelo expediente da Diretoria-Geral e é membro da Comissão de Eficiência
do Ministério da Educação.
1937 - Colabora na Revista Acadêmica, de Murilo Miranda.
1940 - Publica "Sentimento do Mundo" em tiragem de 150 exemplares, distribuídos
entre os amigos.
1941 - Assina, sob o pseudônimo "O Observador Literário", a seção
"Conversa Literária" da revista Euclides. Colabora no suplemento
literário de A Manhã, dirigido por Múcio Leão e mais tarde por Jorge Lacerda.
1942 - A Livraria José Olympio Editora publica "Poesias". O Editor José
Olympio é o primeiro a se interessar pela obra do poeta.
1943 - Traduz e publica a obra Thérèse Desqueyroux, de François Mauriac, sob o título
de "Uma gota de veneno".
1944 - Publica "Confissões de Minas", por iniciativa de Álvaro Lins.
1945 - Publica "A Rosa do Povo" pela José Olympio e a novela "O
Gerente". Colabora no suplemento literário do Correio da Manhã e na Folha
Carioca. Deixa a chefia de gabinete de Capanema, sem nenhum atrito com este e, a
convite de Luís Carlos Prestes, figura como editor do diário comunista, então fundado,
Imprensa Popular, junto com Pedro Mota Lima, Álvaro Moreyra, Aydano Do Couto Ferraz e
Dalcídio Jurandir. Meses depois se afasta do jornal por discordar da orientação do
mesmo. É chamado por Rodrigo M.F. de Andrade para trabalhar na Diretoria do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, onde mais tarde se tornará chefe da Seção
de História, na Divisão de Estudos e Tombamento.
1946 - Recebe o Prêmio pelo Conjunto de Obra, da Sociedade Felipe d'Oliveira. Sua
filha Maria Julieta publica a novela "A Busca", pela José Olympio.
1947 - É publicada sua tradução de "Les liaisons dangereuses", de Choderlos
De Laclos, sob o título de "As relações perigosas".
1948 - Publica "Poesia até agora". Colabora em Política e Letras, de
Odylo Costa, filho. Falece Julieta Augusta Drummond de Andrade, sua mãe. Comparece ao
enterro em Itabira que acontece ao mesmo tempo em que é executada no Teatro Municipal do
Rio de Janeiro a obra "Poema de Itabira" de Heitor Villa-Lobos, composta sobre
seu poema "Viagem na Família".
1949 - Volta a escrever no jornal Minas Gerais. Sua filha Maria Julieta casa-se com o
escritor e advogado argentino Manuel Graña Etcheverry e passa a residir em Buenos Aires,
onde desempenhará, ao longo de 34 anos, um importante trabalho de divulgação da cultura
brasileira.
1950 - Vai a Buenos Aires para o nascimento de seu primeiro neto, Carlos Manuel.
1951 - Publica "Claro Enigma", "Contos de Aprendiz" e "A
mesa". É publicado em Madrid o livro "Poemas".
1952 - Publica "Passeios na Ilha" e "Viola de Bolso".
1953 - Exonera-se do cargo de redator do Minas Gerais, ao ser estabilizada sua situação
de funcionário da DPHAN. Vai a Buenos Aires para o nascimento de seu neto Luis
Mauricio, a quem dedica o poema "A Luis Mauricio infante". É publicado em
Buenos Aires o livro "Dos Poemas", com tradução de Manuel Graña Etcheverry,
genro do poeta.
1954 - Publica "Fazendeiro do Ar & Poesia até agora". Aparece sua
tradução para "Les paysans", de Balzac. Realiza na Rádio Ministério de
Educação, em diálogo com Lya Cavalcanti, a série de palestras "Quase
memórias". Inicia no Correio da Manhã a série de crônicas
"Imagens", mantida até 1969.
1955 - Publica "Viola de Bolso novamente encordoada".
1956 - Publica "50 Poemas escolhidos pelo autor". Aparece sua tradução
para "Albertine disparue", de Marcel Proust.
1957 - Publica "Fala, amendoeira" e "Ciclo".
1958 - Publica-se em Buenos Aires uma seleção de seus poemas na coleção "Poetas
del siglo veinte". É encenada e publicada a sua tradução de "Doña
Rosita la soltera" de Federico García Lorca, pela qual recebe o Prêmio Padre
Ventura, do Círculo Independente de Críticos Teatrais.
1960 - Nasce seu terceiro neto, Pedro Augusto, em Buenos Aires. A Biblioteca
Nacional publica a sua tradução de "Oiseaux-Mouches orthorynques du Brèsil"
de Descourtilz. Colabora em Mundo Ilustrado.
1961 - Colabora no programa Quadrante da Rádio Ministério da Educação, instituído por
Murilo Miranda. Falece seu irmão Altivo.
1962 - Publica "Lição de coisas", "Antologia Poética" e "A
bolsa & a vida". É demolida a casa da Rua Joaquim Nabuco 81, onde viveu 36
anos. Passa a morar em apartamento. São publicadas suas traduções de
"L'Oiseau bleu" de Maurice Maeterlink e de "Les fouberies de Scapin",
de Molière, esta última é encenada no Teatro Tablado do Rio de Janeiro. Recebe
novamente o Prêmio Padre Ventura. Se aposenta como Chefe de Seção da DPHAN, após
35 anos de serviço público, recebendo carta de louvor do Ministro da Educação,
Oliveira Brito.
1963 - É lançada sua tradução de "Sult" (Fome) de Knut Hamsun. Recebe os
Prêmios Fernando Chinaglia, da União Brasileira de Escritores, e Luísa Cláudio de
Sousa, do PEN Clube do Brasil, pelo livro "Lição de coisas". Colabora no
programa Vozes da Cidade, instituído por Murilo Miranda, na Rádio Roquete Pinto, e
inicia o programa Cadeira de Balanço, na Rádio Ministério da Educação. Viaja,
com D. Dolores, a Buenos Aires durante as férias.
1964 - Publica a primeira edição da "Obra Completa", pela Aguilar.
1965 - São lançados os livros "Antologia Poética", em Portugal; "In the
middle of the road", nos Estados Unidos; "Poesie", na Alemanha. Publica, em
colaboração com Manuel Bandeira, "Rio de Janeiro em prosa &
verso". Colabora em Pulso.
1966 - Publica "Cadeira de balanço", e na Suécia é lançado "Naten och
rosen".
1967 - Publica "Versiprosa", "Mundo vasto mundo", com tradução de
Manuel Graña Etcheverry, em Buenos Aires e publicação de "Fyzika strachu" em
Praga.
1968 - Publica "Boitempo & A falta que ama". Membro correspondente da
Hispanic Society of America, Estados Unidos.
1969 - Deixa o Correio da Manhã e começa a escrever para o Jornal do Brasil. Publica
"Reunião (10 livros de poesia)".
1970 - Publica "Caminhos de João Brandão".
1971 - Publica "Seleta em prosa e verso". Edição de "Poemas" em
Cuba.
1972 - Viaja a Buenos Aires com D. Dolores para visitar a filha, Maria Julieta.
Publica "O poder ultrajovem". Jornais do Rio, São Paulo, Belo Horizonte e
Porto Alegre publicam suplementos comemorativos do 70º aniversário do poeta.
1973 - Publica "As impurezas do branco", "Menino Antigo - Boitempo
II", "La bolsa y la vida", em Buenos Aires, e "Réunion", em
Paris.
1974 - Recebe o Prêmio de Poesia da Associação Paulista de Críticos Literários.
Membro honorário da American Association of Teachers of Spanish and Portuguese, Estados
Unidos.
1975 - Publica "Amor, Amores". Recebe o Prêmio Nacional Walmap de Literatura e
recusa, por motivo de consciência, o Prêmio Brasília de Literatura, da Fundação
Cultural do Distrito Federal.
1977 - Publica "A visita", "Discurso de primavera e algumas sombras" e
"Os dias lindos". Grava 42 poemas em 2 long plays, lançados pela
Polygram. Edição búlgara de "UYBETBO BA CHETA" (Sentimento do Mundo).
1978 - Publica "70 historinhas" e "O marginal Clorindo
Gato". Edições argentinas de "Amar-amargo" e "El poder
ultrajoven".
1979 - Publica "Poesia e Prosa", 5ª edição, revista e atualizada, pela
editora Nova Aguilar. Viaja a Buenos Aires por motivo de doença de sua filha Maria
Julieta. Publica "Esquecer para lembrar - Boitempo III".
1980 - Recebe os Prêmios Estácio de Sá, de jornalismo, e Morgado Mateus (Portugal), de
poesia. Edição limitada de "A paixão medida". Noite de autógrafos na
Livraria José Olympio Editora para o lançamento conjunto da edição comercial de
"A paixão medida" e "Um buquê de Alcachofras", de Maria Julieta
Drummond de Andrade; o poeta e sua filha autografam juntos na Casa José
Olympio. Edição de "En rost at folket", Suécia. Edição de "The
minus sign", Estados Unidos. Edição de "Gedichten" Poemas, Holanda.
1981 - Publica "Contos Plausíveis" e "O pipoqueiro da esquina".
Edição inglesa de "The minus sign".
1982 - Ano do 80º aniversário do poeta. São realizadas exposições comemorativas na
Biblioteca Nacional e na Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro. Os principais jornais do
Brasil publicam suplementos comemorando a data. Recebe o título de Doutor honoris causa
pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Edição mexicana de "Poemas".
A cidade do Rio de Janeiro festeja a data com cartazes de afeto ao poeta. Publica
"A lição do amigo - Cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade",
com notas do destinatário. Publicação de "Carmina drummondiana", poemas
de Drummond traduzidos ao latim por Silva Bélkior.
1983 - Declina do troféu Juca Pato. Publica "Nova Reunião (19 livros de
poesia)", último livro do poeta publicado, em vida, pela Casa José Olympio.
1984 - Despede-se da casa do velho amigo José Olympio e assina contrato com a Editora
Record, que publica sua obra até hoje. Também se despede do Jornal do Brasil, depois de
64 anos de trabalho jornalístico, com a crônica "Ciao". Publica, pela Editora
Record, "Boca de Luar" e "Corpo".
1985 - Publica "Amar se aprende amando", "O observador no escritório"
(memórias), "História de dois amores" (livro infantil) e "Amor, sinal
estranho". Edição de "Frän oxen tid", Suécia.
1986 - Publica "Tempo, vida, poesia". Edição de "Travelling in the
family", em New York, pela Random House. Escreve 21 poemas para a edição do
centenário de Manuel Bandeira, preparada pela editora Alumbramento, com o título
"Bandeira, a vida inteira". Sofre um infarto e é internado durante 12
dias.
1987 - No 31 de janeiro escreve seu último poema, "Elegia a um tucano morto"
que passa a integrar "Farewell", último livro organizado pelo poeta. É
homenageado pela escola de samba Estação Primeira de Mangueira, com o samba enredo
"No reino das palavras", que vence o Carnaval 87. No dia 5 de agosto,
depois de 2 meses de internação, falece sua filha Maria Julieta, vítima de câncer.
"E assim vai-se indo a família Drummond de Andrade" - comenta o poeta. Seu
estado de saúde piora. 12 dias depois falece o poeta, de problemas cardíacos e é
enterrado no mesmo túmulo que a filha, no Cemitério São João Batista do Rio de
Janeiro. O poeta deixa obras inéditas: "O avesso das coisas" (aforismos),
"Moça deitada na grama", "O amor natural" (poemas eróticos),
"Viola de bolso III" (Poesia errante), hoje publicados pela Record; "Arte
em exposição" (versos sobre obras de arte), "Farewell", além de
crônicas, dedicatórias em verso coletadas pelo autor, correspondência e um texto para
um espetáculo musical, ainda sem título. Edições de "Moça deitada na
grama", "O avesso das coisas" e reedição de "De notícias e não
notícias faz-se a crônica" pela Editora Record. Edição de "Crônicas -
1930-1934". Edição de "Un chiaro enigma" e "Sentimento del
mondo", Itália. Publicação de "Mundo Grande y otros poemas", na
série Los grandes poetas, em Buenos Aires.
1988 - Publicação de "Poesia Errante", livro de poemas inéditos, pela Record.
1989 - Publicação de "Auto-retrato e outras crônicas", edição organizada
por Fernando Py. Publicação de "Drummond: frente e verso", edição
iconográfica, pela Alumbramento, e de "Álbum para Maria Julieta", edição
limitada e fac-similar de caderno com originais manuscritos de vários autores e artistas,
compilados pelo poeta para sua filha. A Casa da Moeda homenageia o poeta emitindo uma
nota de 50 cruzeiros com seu retrato, versos e uma auto-caricatura.
1990 - O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) organiza uma exposição comemorativa dos
60 anos da publicação de "Alguma Poesia". Palestras de Manuel Graña
Etcheverry, "El erotismo en la poesía de Drummond" no CCBB e de Affonso Romano
de Sant'Anna, "Drummond, um gauche no mundo". Encenação teatral de
"Mundo, vasto mundo", com Tônia Carrero, o coral Garganta e Paulo Autran, sob a
direção deste no Teatro II do CCBB. Encenação de "Crônica Viva", com
adaptação de João Brandão e Pedro Drummond, no CCBB. Edição da antologia
"Itabira", em Madrid, pela editora Visor. Edição limitada de "Arte
em exposição", pela Salamandra. Edição de "Poésie", pela editora
Gallimard, França.
1991 - Publicação de "Obra Poética", pela editora Europa-América, em
Portugal.
1992 - Edição de "O amor natural", de poemas eróticos, organizada pelo autor,
com ilustrações de Milton Dacosta e projeto gráfico de Alexandre Dacosta e Pedro
Drummond. Publicação de "Tankar om ordet menneske", Noruega. Edição de
"Die liefde natuurlijk" (O amor natural) na Holanda.
1993 - Publicação de "O amor natural", em Portugal, pela editora
Europa-América. Prêmio Jabuti pelo melhor livro de poesia do ano, "O amor
natural".
1994 - Publicação pela Editora Record de novas edições de "Discurso de
primavera" e "Contos plausíveis". No dia 2 de julho falece D. Dolores
Morais Drummond de Andrade, viúva do poeta, aos 94 anos.
1995 - Encenação teatral de "No meio do caminho...", crônicas e poemas do
poeta com roteiro e adaptação de João Brandão e Pedro Drummond. Lançamento de um selo
postal em homenagem ao poeta. Drummond na era digital, publicação de uma pequena
antologia em 5 idiomas sob o título de "Alguma Poesia", no World Wide Web ,
Internet, na data de seu 93º aniversário. Projeto do CD-ROM "CDA-ROM", que
visa a publicar, em ambiente interativo e com os recursos da multimídia, os 40 poemas
recitados pelo autor, uma iconografia baseada na coleção de fotografias do poeta,
entrevistas em vídeo e um curta-metragem.
1996 - Lançamento do livro Farwell, último organizado pelo poeta, no Centro
Cultural do Banco do Brasil do Rio de Janeiro, com a apresentação de Joana Fomm e José
Mayer. Esse livro é ganhador do Prêmio Jabuti.
1997 - Primeira edição interativa do livro "O Avesso das Coisas".
1998 - Inauguração do Museu de Território Caminhos Dummondianos em Itabira. No dia 31
de outubro é inaugurado o Memorial Carlos Drummond de Andrade, projeto do arquiteto Oscar
Niemeyer, no Pico do Amor da cidade de Itabira. Prêmio in memorian Medalha do
Sesquicentenário da Cidade de Itabira.
1999 - I Forum Itabira Século XXI Centenário Drummond, realizado na cidade de
Itabira. Lançamento do CD "Carlos Drummond de Andrade por Paulo Autran", pelo
selo Luz da Cidade.
2000 - Inaugurada a Biblioteca Carlos Drummond de Andrade do Colégio Arnaldo de Belo
Horizonte. Lançamento do CD "Contos de aprendiz por Leonardo Vieira", pelo selo
Luz da Cidade. Estréia no dia 31 de outubro o espetáculo "Jovem Drummond",
estrelado por Vinícius de Oliveira, no teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de
Andrade e Itabira (Secretaria de Cultura do Município). Lançamento do CD "História
de dois amores - contadas por Odete Lara", pela gravadora Luz da Cidade. Encenação
pela Comédie Française da peça de Molière Les Fourberies de Scapin, com
tradução do biografado, nos teatros Municipal do Rio de Janeiro e Municipal de São
Paulo. Lançamento do projeto "O Fazendeiro do Ar", com o "balão
Drummond", na Lagoa Rodrigo de Freitas - Rio de Janeiro. II Fórum Itabira Século
XXI Centenário Drummond, realizado em outubro na cidade de Itabira. Homenagem in
memoriam Medalha comemorativa dos 70 anos do MEC. Homenagem dos Ex-Alunos da
Universidade Federal de Minas Gerais.
BIBLIOGRAFIA
POESIA
Alguma poesia. Belo Horizonte: Edições Pindorama, 1930.
Brejo das almas. Belo Horizonte: Os Amigos do Livro, 1934.
Sentimento do mundo. R. de Janeiro: Pongetti, 1940; 10a ed., RJ: Record, 2000.
Poesias (Alguma poesia, Brejo das almas, Sentimento do mundo, José). RJ:
J.Olympio, 1942.
A rosa do povo. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1945.
Poesia até agora. (Alguma poesia, Brejo das almas, Sentimento do mundo, José, A
rosa do povo, Novos poemas). Rio de Janeiro: J. Olympio, 1948.
A máquina do mundo (incluído em Claro enigma). Rio de Janeiro: Luís Martins,
1949 (exemplar único).
Claro enigma. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1951.
A mesa (incluído em Claro enigma). Niterói: Hipocampo, 1951 (70 exemplares).
Viola de bolso. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação do MEC, 1952.
Fazendeiro do ar & Poesia até agora. (Alguma poesia, Brejo das almas,
Sentimento do mundo, José, A rosa do povo, Novos poemas, Claro enigma, Fazendeiro do ar).
R. de Janeiro: J. Olympio, 1954.
Viola de bolso (incluindo Viola de bolso novamente encordoada); 2ª. ed.
aumentada, Os Cadernos de Cultura, R. de Janeiro: J. Olympio, 1955.
Soneto da buquinagem (incluído em Viola de bolso novamente encordoada). Rio de
Janeiro: Philobiblion, 1955 (100 exemplares).
Ciclo (incluído em A vida passada a limpo e em Poemas). Recife: O Gráfico
Amador, 1957. (96 exemplares).
Poemas (Alguma poesia, Brejo das Almas, Sentimento do mundo, José, A rosa do
povo, Novos poemas, Claro enigma, Fazendeiro do ar, A vida passada a limpo). R. de
Janeiro: J. Olympio, 1959.
Lição de coisas. R. de Janeiro: J. Olympio, 1964.
Obra completa. (Estudo crítico de Emanuel de Moraes, fortuna crítica,
cronologia e bibliografia). R. de Janeiro: Aguilar, 1964 (publicada pela mesma editora sob
o título Poesia completa e prosa (1973), e sob o título de Poesia e prosa (1979).
Versiprosa. R. de Janeiro: J. Olympio, 1967.
José & Outros (José, Novos poemas, Fazendeiro do ar, A vida passada a
limpo, 4 Poemas, Viola de bolso II). R. de Janeiro: J. Olympio, 1967.
Boitempo & A falta que ama. Rio de Janeiro: Sabiá, 1968.
Nudez (incluído em Poemas). Recife: Escola de Artes, 1979 (50 exemplares).
Reunião (Alguma poesia, Brejo das almas, Sentimento do mundo, José, A rosa do
povo, Novos poemas, Clara enigma, Fazendeiro do ar, A vida passada a limpo, Lição de
coisas, 4 Poemas). R. de Janeiro: J. Olympio, 1969.
D. Quixote (Glosas a 21 desenhos de Cândido Portinari). R. de Janeiro:
Diagraphis, 1972.
As impurezas do branco. R. de Janeiro: J. Olympio, 1973.
Menino antigo (Boitempo II). R. de Janeiro: J. Olympio, 1973.
Minas e Drummond. (ilustrações de Yara Tupinambá, Wilde Lacerda, Haroldo
Mattos, Júlio Espíndola, Jarbas Juarez, Álvaro Apocalypse e Beatriz Coelho). Belo
Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais,1973 (500 exemplares).
Amor, amores (desenhos de Carlos Leão). Rio de Janeiro: Alumbramento, 1975 (423
exemplares).
A visita (incluído em A paixão medida) (fotos de Maureen Bisilliat). São
Paulo: edição particular, 1977 (125 exemplares).
Discurso de primavera e algumas sombras. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1977.
O marginal Clorindo Gato (incluído em A paixão medida). R. de Janeiro: Avenir,
1978.
Nudez (incluído em Poemas). Recife: Escola de artes, 1979 (50 exemplares).
Esquecer para lembrar (Boitempo III). R. de Janeiro: J. Olympio, 1979.
A paixão medida (desenhos de Emeria Marcier). R. de Janeiro: Alumbramento, 1980.
(643 exemplares).
Nova Reunião - 19 livros de poesias. R. de Janeiro: J. Olympio, 1983
O elefante (Ilustrações de Regina Vater). R. de Janeiro: Record. Coleção
Abre-te Sésamo, 1983.
Caso do vestido. R. de Janeiro: Rioarte, 1983 (adaptado para o teatro por Aderbal
Júnior).
Corpo (Ilustrações de Carlos Leão). R. de Janeiro: Record, 1984.
Mata Atlântica (fotos de Luiz Cláudio Marigo, texto de Alceo Magnani). R. de
Janeiro: Chase Banco Lar/AC&M, 1984.
Amor, sinal estranho (litografias originais de Bianco). R. de Janeiro: Lithos
Edições de Arte, 1985 (100 exemplares).
Amar se aprende amando. R. de Janeiro: Record, 1985.
Pantanal (fotos de Luiz Cláudio Marigo, texto de Alceo Magnani). R. de Janeiro:
Chase Banco Lar/AC&M, 1985.
Boitempo I e II (Reunião de poemas publicados anteriormente nos livros Boitempo,
Menino antigo e Esquecer para lembrar). R. de Janeiro: Record, 1986.
O prazer das imagens (fotografias de Hugo Rodrigo Octavio - legendas inéditas de
Carlos Drummond de Andrade). São Paulo: Metal Leve/Hamburg, 1987 (500 exemplares).
Poesia Errante: derrames líricos, e outros nem tanto ou nada. R. de Janeiro:
Record, 1988.
Arte em Exposição. R. de Janeiro: Salamandra/Record, 1990.
O Amor Natural. (Ilustrações Milton Dacosta). R. de Janeiro: Record, 1992.
A Vida Passada a Limpo. R. de Janeiro: Record, 1994.
Rio de Janeiro (fotos de Michael Sonnenberg). Liechtenstein: Verlag Kunt und
Kultur, 1994.
Farewell. R. de Janeiro: Record, 1996.
A Senha do Mundo. R. de Janeiro: Record, 1996; (reeditado em 1998, pela Record,
com o título de Verso na Prosa, Prosa no Verso).
A Cor de Cada um. R. de Janeiro: Record, 1996; (reeditado em 1998, pela Record,
com o título de Verso na Prosa, Prosa no Verso).
José & Outros. Rio de Janeiro: Record, 2003; (reunião dos livros José,
Novos Poemas e Fazendeiro do ar).
CRÔNICA
Fala, amendoeira. R. de Janeiro: J. Olympio, 1957.
A bolsa & a vida. R. de Janeiro: Editora do Autor, 1962.
Cadeira de balanço. R. de Janeiro: J. Olympio, 1966.
Caminhos de João Brandão. R. de Janeiro: J. Olympio, 1970.
O poder ultrajovem. R. de Janeiro: J. Olympio, 1972.
De notícias & não notícias faz-se a crônica. R. de Janeiro: J. Olympio,
1974.
Os dias lindos. R. de Janeiro: J. Olympio, 1977.
Crônica das favelas cariocas. R. de Janeiro: edição particular, 1981.
Boca de luar. R. de Janeiro: Record, 1984.
Crônicas de 1930/1934 (Crônicas assinadas com os pseudônimos: Antônio Crispim
e Barba Azul). Belo Horizonte: Revista do Arquivo Público Mineiro, 1984. [Reeditado em
1987 pela Secretaria da Cultura de Minas Gerais - ilustrações de Ana Raquel.]
Moça deitada na grama. R. de Janeiro: Record, 1987.
Auto-Retrato e Outras Crônicas. Seleção Fernando Py. R. de Janeiro: Record,
1989.
O Sorvete e Outras Histórias. São Paulo: Ática, 1993.
Vó Caiu na Piscina. R. de Janeiro: Record, 1996.
Quando é dia de futebol. Rio de Janeiro: Record, 2002.
CONTO
O gerente (incluído em Contos de aprendiz). R. de Janeiro: Horizonte, 1945.
Contos de aprendiz. R. de Janeiro: J. Olympio, 1951.
70 historinhas. R. de Janeiro: J. Olympio, 1978. (Seleção de textos dos livros
de crônicas: Fala amendoeira, A bolsa & a vida, Cadeira de balanço, Caminhos de
João Brandão, O poder ultrajovem, De notícias & não notícias faz-se a crônica e
Os dias lindos.)
Contos plausíveis (ilustrações de Irene Peixoto e Márcia Cabral). R. de
Janeiro: J. Olympio/Editora JB, 1981.
O pipoqueiro da esquina (Desenhos de Ziraldo). R. de Janeiro: Codecri, 1981.
História de dois amores (Desenhos de Ziraldo). R. de Janeiro: Record, 1985.
Criança dagora é fogo. R. de Janeiro: Record, 1996.
ENSAIO
Confissões de Minas. R. de Janeiro: Americ-Edit., 1944.
Passeios na ilha. R. de Janeiro: Simões,1952.
Minas Gerais (Antologia). R. de Janeiro: Editora do Autor, 1967. Coleção
Brasil, Terra & Alma.
A Lição do amigo (cartas de Mário de Andrade - introdução e notas de CDA).
R. de Janeiro: J. Olympio, 1982.
Em certa casa da rua Barão de Jaguaribe (ata comemorativa dos 20 anos do
Sabadoyle). R. de Janeiro: Biblioteca Plínio Doyle, 1984.
O observador no escritório (Memória). R. de Janeiro: Record, 1985.
Tempo, vida, poesia (entrevistas à Rádio MEC). R. de Janeiro: Record, 1986.
Saudação a Plínio Doyle. R. de Janeiro: Biblioteca Plínio Doyle, 1986.
O avesso das coisas (Aforismos - ilustrações de ]immy Scott). R. de Janeiro:
Record, 1987.
ANTOLOGIA
Português
Neste caderno... In: 10 Histórias de bichos (em colaboração com Godofredo
Rangel, Graciliano Ramos, João Alphonsus, Guimarães Rosa, J. Simões Lopes Neto, Luís
Jardim, Maria Julieta,Marques Rebelo, Orígenes Lessa, Tristão da Cunha). R. de Janeiro:
Condé, 1947 (220 exemplares).
50 poemas escolhidos pelo autor. R. de Janeiro: Serviço de Documentação do
MEC, 1956.
Antologia poética. R. de Janeiro: Editora do Autor, 1962.
Quadrante (em colaboração com Cecília Meireles, Dinah Silveira de Queiroz,
Fernando Sabino, Manuel Bandeira, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga). R. de Janeiro:
Editora do Autor, 1962.
Quadrante II (em colaboração com Cecília Meireles, Dinah Silveira de Queiroz,
Fernando Sabino, Manuel Bandeira, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga). R. de Janeiro:
Editora do Autor, 1963.
Antologia poética (seleção e prefácio de Massaud Moisés). Lisboa:
Portugália, 1965. Coleção Poetas de Hoje.
Vozes da cidade (em colaboração com Cecília Meireles, Genolino Amado, Henrique
Pongetti, Maluh de Ouro Preto, Manuel Bandeira e Raquel de Queirós). R. de Janeiro:
Record, 1965.
Rio de Janeiro em prosa & verso (antologia em colaboração com Manuel
Bandeira). R. de Janeiro: J. Olympio, 1965. Coleção Rio 4 Séculos.
Uma pedra no meio do caminho (biografia de um poema). Apresentação de Arnaldo
Saraiva). R. de Janeiro: Editora do Autor, 1967.
Seleta em prosa e verso (estudo e notas de Gilberto Mendonça Teles). R. de
Janeiro: J. Olympio, 1971.
Elenco de cronistas modernos (em colaboração com Clarice Lispector, Fernando
Sabino, Manuel Bandeira, Paulo Mendes Campos, Raquel de Queirós e Rubem Braga). R. de
Janeiro: Sabiá, 1971.
Atas poemas. Natal na Biblioteca de Plínio Doyle (em colaboração com Alphonsus
de Guimaraens Filho, Enrique de Resende, Gilberto Mendonça Teles, Homero Homem, Mário da
Silva Brito, Murilo Araújo, Raul Bopp, Waldemar Lopes). R. de Janeiro, Sabadoyle, 1974.
Para gostar de ler (em colaboração com Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e
Rubem Braga). São Paulo: Ática, 1977-80.
Para Ana Cecília (em colaboração com João Cabral de Melo Neto, Mauro Mota,
Odilo Costa Filho, Ledo lvo, Marcus Accioly e Gilberto Freire). Recife: Edição
Particular, 1978.
O melhor da poesia brasileira (em colaboração com João Cabral de Melo Neto,
Manuel Bandeira e Vinícius de Moraes). R. de Janeiro: J. Olympio, 1979.
Carlos Drummond de Andrade. Seleção de textos, notas, estudo biográfico,
histórico-crítico e exercícios de Rita de Cássia Barbosa. São Paulo: Abril, 1980.
Literatura comentada. São Paulo: Abril, 1981.
Antologia poética. São Paulo: Abril Cultural, 1982.
Quatro vozes (em colaboração com Rachel de Queiroz, Cecília Meirelles e Manuel
Bandeira). R. de Janeiro: Record, 1984.
60 anos de poesia. (organização e apresentação de Arnaldo Saraiva). Lisboa: O
Jornal, 1985.
Quarenta historinhas e cinco poemas (leitura e exercícios para estudantes de
Português nos EUA). Flórida: University of Florida, 1985.
Bandeira - A vida inteira (textos extraídos da obra de Manuel Bandeira e 21
poemas de Carlos Drummond de Andrade - fotos do Arquivo - Museu de Literatura da
Fundação Casa Rui Barbosa). R. de Janeiro: Alumbramento/Livroarte, 1986.
Álbum para Maria Julieta. Coletânea de dedicatórias reunidas por Carlos
Drummond de Andrade para sua filha, acompanhado de texto extraído da obra do autor. R. de
Janeiro: Alumbramento / Livroarte, 1989.
Obra poética. Portugal: Publicações Europa-América, 1989. Rua da Bahia (em
colaboração com Pedro Nava). Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 1990.
Setecontos, setencantos (em colaboração com Caio Porfírio Carneiro, Herberto
Sales, Ideu Brandão, Miguel Jorge, Moacyr Scliar e Sergio Faraco - organizado por Elias
José). São Paulo: FTD.
Carlos Drummond de Andrade (org. de Fernando Py e Pedro Lyra). R. de Janeiro:
Agir,1994.
As palavras que ninguém diz. (Seleção Luzia de Maria). R. de Janeiro: Record,
1997, (Mineiramente Drummond).
Histórias para o Rei. (Seleção Luzia de Maria). R. de Janeiro: Record, 1997
(Mineiramente Drummond).
A palavra mágica. (Seleção Luzia de Maria). R. de Janeiro: Record, 1997
(Mineiramente Drummond).
Os amáveis assaltantes. R. de Janeiro: Agora Comunicação Integrada, 1998.
EM OUTRAS LÍNGUAS
Alemão
Poesie (tradução de Curt Meyer-Clason). Frankfurt: Suhrkamp Verlag, 1965.
Gedichte (tradução de Curt Meyer-Clason). Frankfurt: Suhrkamp Verlag, 1982.
Búlgaro
lybctbo ba cbeta (tradução de Alexandre Muratov e Atanas Daltchev). Sófia:
Narodna Cultura, 1977.
Chinês
Antologia da poesia brasileira (seleção de Antônio Carlos Secchin e tradução
de Zhao Deming). Pequim: Embaixada do Brasil, 1994.
Dinamarquês
Verdensfornemmelse og Andre Digte (Tradução de Peter Poulsen). Copenhague:
Borgens Forlag, 2000.
Espanhol
Poemas (seleção, versão e introdução de Rafael Santos Torroella). Madri:
Ediciones Rialp, 1951. Colección Adonai.
Dos poemas (traduzidos por Manuel Grana Etcheverry). Buenos Aires: Ediciones
Botella al Mar, 1953.
Poetas del siglo veinte. Carlos Drummond de Andrade (seleção e versão de
Ramiro de Casasbellas). Buenos Aires: Ediciones Poesia, 1957.
Poesía de Carlos Drurnmond de Andrade (tradução de Armando Uribe Arce, Thiago
de Mello e Fernando de Alencar). Santiago do Chile: Cadernos Brasileiros: Série Poesia,
1963.
Seis Poetas Contemporáneos del Brasil (tradução Manuel Grana Etcheverry). La
Paz: Embajada del Brasil, 1966 (Cuadernos Brasilenos).
Mundo, vasto mundo (Tradução de Manuel Grana Etcheverry). Buenos Aires:
Editorial Losada, 1967. Colección Poetas de Ayer y de Hoy.
Poemas (introdução, seleção e notas de Munoz-Unsain). Havana: Casa de las
Americas, 1970.
La bolsa y la vida (tradução de Maria Rosa Oliver). Buenos Aires: Ediciones de
la Flor, 1973.
Poemas (tradução de Leonidas Cevallos). Lima: Centro de Estudios Brasilenos,
1976. Drummond de Andrade (tradução Gabriel Rodriguez). Caracas: Dirección General de
Cultura de la Gobernación del Distrito Fedreal, 1976.
Amar-amargo y otros poemas (tradução de Estela dos Santos). Buenos Aires:
Calicanto, 1978.
El poder ultrajovem (tradução de Estela dos Santos). Buenos Aires: Editorial
Sudamericana,1978.
Dos cuentos y dos poemas binacionales (em colaboração com Sergio Faraco e Jorge
Medoza Enriguez). Santiago do Chile: Instituto Chileno-Brasileño de Cultura de
Concepción, 1981.
Poemas (tradução, seleção e introdução de Francisco Cervantes). México:
Premià, 1982.
Don Quijote (tradução de Edmund Font - gravuras de Portinari). México:
Secretaría de Educación Pública, 1985 (3.000 exemplares).
Antología Poética (tradução, introdução, cronologia e bibliografia de
Cláudio Murilo). Madri: Instituto de Cooperación Ibero-americana/Ediciones Cultura
Hispánica, 1986.
Poemas (tradução Renato Sandoval). Lima: Embajada del Brasil, 1989 (Tierra
Brasilena).
Itabira (Antología) (tradução Pablo del Barco). Madri: Visor,1990.
Historia de dos poemas (tradução Gloria Elena Bernal). México: SEP, 1992.
Carlos Drummond de Andrade. México: Fondo Nacional para Actividades Sociales, s.
d. (Poesia Moderna).
Francês
Réunion. (Tradução de Jean-Michel Massa). Paris: Aubier-Montaigne, 1973.
Fleur, téléphone et jeune fille... (antologia organizada por Mário Carelli).
Paris: L'Alphée, 1980.
Drummond: une esquisse. R. de Janeiro: Alumbramento / Livroarte, 1981.
Conversation extraordinaire avec une dame de ma connaissance et autres nouvelles.
(Tradução de Mario Carelli e outros). Paris: A. M. Métailié, 1985.
Mon éléphant. (Tradução de Vivete Desbans. Ilustrações de Hélène Vicent).
Paris: Éditions ILM, 1987. Collection bilingue.
Poésie (tradução Didier Lamaison). Paris: Gallimard, 1990.
Holandês
Gedichten (tradução de August Willensem). Amsterdam: Uitgeverij de
Arbeiderspers,1980.
20 gedichten van Carlos Drummond de Andrade (tradução de August Willensen -
Fotos de Sérgio Zalis). Amsterdam: Riksakademie van beeldende Kunsten, 1983.
De liefde, natuurlijk: gedichten (tradução August Willemsen). Amsterdam:
Uitgeverij de Arbeiderspers,1992.
Farewell (tradução August Wil)emsen). Amsterdam: Uitgeverij de Arbeiderspers,
1996.
Inglês
In the middle of the road (tradução de John Nist). Tucson: University of
Arizona Press, 1965.
Souvenir of the ancient world (tradução de Mark Strand). New York: Antaeu,
1976.
Poems (tradução de Virgínia de Araújo). Palo Alto: WPA, 1977.
The minus sign (tradução de Virgínia de Araújo). Redding Ridge: Black Scvan
Books, 1980.
The minus sign (tradução de Virgínia de Araújo). Manchester: Carcanet New
Press, 1981.
Travelling in the family (selected poems) (tradução de Elizabeth Bishop e
Gregory Rabassa). Nova York: Random House; Toronto: Random House of Canada, 1986.
Italiano
Sentimento del Mondo (Tradução Antonio Tabucchi). Torino: Giulio Einaudi, 1987
(Poesia).
Un Chiaro Enigma (tradução Fernanda Toriello). Bari: Stampa Puglia, 1990.
La Visita (tradução Luciana Stegagno Picchio). Milão: Libri Scheiwiller, 1996.
Racconti Plausibili (tradução Alessandra Ravatti). Roma: Fahrenheit, 1996.
L Armore Naturale (tradução Fernanda Toriello). Bari: Adriatica, 1997.
Latim
Carmina drummondiana. (Tradução de Silva Bélkior). R. de Janeiro: Salamandra,
1982.
Norueguês
Tankar om Ordet Menneske. (Tradução Alf Saltveit). Oslo: Solum, 1992.
Sueco
Natten och rosen (Tradução de Arne Lundgren). Estocolmo: Norstedt &
Söners, 1966.
En ros at folket. (Tradução de Arne Lundgren). Estocolmo: P.A. Norstedt &
Söners, 1980.
Fran oxens tid. (Tradução de Arne Lundgren). Estocolmo: P.A. Norstedt &
Söners, 1985.
Tvarsnitt. (Tradução Arne Lundgren). Estocolmo: Nordan, 1987.
Ljuset Spranger Natten. (Tradução Arne Lundgren). Lysekil: F. Forlag, 1990.
Tcheco
Fyzika strachu. (Tradução de Vladimir Mikes). Praga: Odeon, 1967.
TRADUÇÕES
Uma gota de veneno (Thérèse Desqueyroux), de François Mauriac. R. de Janeiro:
Pongetti, 1943.
As relações perigosas (Les Liaisons dangereux), de Choderlos de Laclos. Porto
Alegre: Globo,1947.
Os camponeses (Les Paysans), de Honoré de Balzac. In: A comédia humana. Porto
Alegre: Globo, 1954.
A fugitiva (Albertine disparue), de Marcel Proust. Porto Alegre: Globo, 1956.
Dona Rosita, a solteira ou a linguagem das flores (Dona Rosita la soltera o el
lenguaje de lãs flores), de Federico García Lorca. R. de Janeiro: Agir, 1959.
Beija-Flores do Brasil (Oiseaux-mouches Orthorynques du Brésil), de Th.
Descourtilz. R. de Janeiro: Biblioteca Nacional, 1960.
O pássaro azul (L'Oiseau bleu), de Maurice Maeterlinck. Rio de Janeiro: Delta,
1962.
Artimanhas de Scapino (Les Fourberies de Scapin), de Molière. R. de Janeiro:
Serviço de Documentação do MEC, 1962.
Fome (Sult), de Knut Hamsun. R. de Janeiro: Delta,1963.
LIVROS EM BRAILE:
Boca de luar. São Paulo: Fundação para o Livro do Cego no Brasil, 1985.
Corpo. São Paulo: Fundação para o Livro do Cego no Brasil, 1990.
Sentimento do mundo. São Paulo: Fundação Dorina Nowill para Cegos, 2000.
SOBRE O AUTOR:
Esfinge Clara - Garcia, Othon Moacyr (1955) - RJ.
Palavra puxa palavra em C. D. de Andrade - Garcia, Othon Moacyr (1955), RJ.
A rima na poesia de C. D. Andrade - Martins, Hélcio (1968) - RJ.
Drummond: a estilística da repetição - Teles, Gilberto M. (1970) - RJ.
Drummond rima Itabira mundo - Moraes, Emanuel de (1971) - RJ.
Terra e família na poesia de C. D. Andrade - Coelho, Joaquim-Francisco (1973) -
RJ
Verso universo de Drummond - Merquior, José Guilherme (1975) - RJ.
Drummond de Andrade - Santiago, Silviano (1976) - Petrópolis.
A dramaticidade na poesia de Drummond - Schüler, Donald (1979); Porto Alegre.
Drummond: Análise da Obra - Sant'Anna, Affonso Romano de (1980); RJ.
Ó de Itabira (poema) - Accioly, Marcus (1980) - RJ.
Bibliografia comentada de Carlos Drummond de Andrade (1918-1930). Py, Fernando
(1981) - RJ.
El erotismo en la poesía de Carlos Drummond de Andrade - Etcheverry, Manuel
Graña (1990) - Buenos Aires.
(entre outros).
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